CÂNCER DE TESTÍCULO
Apesar de ser considerado câncer raro, compondo apenas 1% a 2% dos tumores diagnosticados e 5% de todos os tumores urológicos, é a neoplasia mais frequente em homens entre 20 e 40 anos anos
Ainda que existem fatores de risco como: criptorquidia(ausência do testículo na bolsa escrotal) e infertilidade, a patogênese ainda não foi identificada, acredita-se que esteja relacionada com a falha na diferenciação das células germinativas primordiais
A apresentação
A apresentação clássica da doença é de uma massa de crescimento rápido, endurecida e normalmente indolor. Cerca de 20% a 27% podem apresentar dor, devido à hemorragia ou isquemia pelo crescimento acelerado do tumor
Cerca de 10% dos pacientes apresentam atraso no diagnóstico, sendo tratados como orquiepididimite(infecção dos testículos), torção testicular, hematoma, hérnia, varicocele e espermatocele
Diagnóstico
Diagnóstico se faz através de adequada anamnese e exame físico, além de exames complementares como ultrassonografia da bolsa escrotal ,ressonância magnética e marcadores tumorais(AFP, B-HCG, DHL)
Tratamento
Tratamento inicial consiste na cirurgia de retirada do testículo acometido(orquiectomia radical via inguinal)
Em pacientes selecionados se faz necessário uso de quimioterapia e radioterapia
O seguimento pós tratamento deve ser feito anualmente, de forma a se realizar o diagnóstico da recorrência em tempo hábil e consequente o tratamento menos agressivo
Os pacientes devem ser orientados sobre o risco de infertilidade, principalmente se submetidos à quimioterapia, sendo importante ofertar criopreservação de espermatozoides
Fique atento: A avaliação adequada dos nódulos testiculares pelo urologista é importante devido à velocidade de crescimento e disseminação da doença